C.Vale

Demonstrações Financeiras 2009

Notas Explicativas

Levantadas em 31/12/2009 e 2008
(Valores em R$ 1,00)

NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL

A C.Vale - Cooperativa Agroindustrial é uma sociedade de pessoas, de natureza civil. A entidade é regida pela Lei nº 5.764 de 16 de dezembro de 1971, que regulamenta o sistema cooperativista do País.

A C.Vale é uma cooperativa de produção agropecuária com atuação nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Possui 62 unidades de recebimento de produção. As atividades da cooperativa concentram-se no segmento agroindustrial. A cooperativa destaca-se na produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, suínos e frango, atua na prestação de serviços, com profissionais que prestam assistência agronômica e veterinária aos associados. Para manter os associados atualizados tecnologicamente, a C.Vale desenvolve cursos, palestras, treinamentos, dias de campo e visitas técnicas.

A C.Vale fomenta a produção, disponibilizando crédito aos associados, especialmente os pequenos produtores. A empresa também comercializa insumos, peças, acessórios e revende máquinas agrícolas, assegurando preços mais competitivos aos associados. Produz semente de soja em Santa Catarina, que é comercializada no Brasil e Paraguai. Além disso, a cooperativa mantém uma rede de supermercados com 7 lojas localizadas nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

No segmento industrial, a C.Vale produz amido modificado de mandioca e rações. Neste mesmo segmento, a C.Vale mantém um complexo avícola com abate atual de 320 mil frangos/dia. Foi o primeiro sistema de integração avícola brasileiro, em escala comercial, a utilizar processos automatizados para o controle de ambiente.

Neste exercício de 2009 a C.Vale fechou negócio prevendo atuação nas áreas de grãos, insumos e implementos agrícolas na região Centro-Oeste do Paraná. A cooperativa passará a contar com 19 unidades na área de ação da Coopermibra (Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil). O negócio foi fechado com prazo de dez anos e deve trazer benefícios aos associados, principalmente com o ganho de escala na compra de insumos e na venda da produção.

NOTA 2 - ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis foram elaboradas como segue:

a) BALANÇO PATRIMONIAL - Apresentado e elaborado de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis às Sociedades Cooperativas. Em decorrência da obrigatoriedade da convergência às Normas Internacionais de Contabilidade, instituída pela Lei n.º 11.638/2007 com as respectivas modificações introduzidas pela MP 449 de 03/12/2008 convertida em Lei nº 11.941/2009, as Demonstrações Contábeis levantadas em 31 de dezembro de 2008, apresentadas para fins de comparabilidade, foram reclassificadas, dentro dos mesmos critérios estabelecidos pelas referidas leis. Indicamos nas respectivas demonstrações, a expressão “Reclassificado” para evidenciar as alterações efetuadas. Os Ativos realizáveis e os Passivos exigíveis até 31/12/2010 foram classificados como Circulante sendo que, os Ativos realizáveis e os Passivos exigíveis após essa data foram classificados como Não Circulante;

b) DEMONSTRAÇÃO DE SOBRAS OU PERDAS - Estruturada em conformidade com as disposições contidas na Lei n.º 5.764/71 e Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis às Sociedades Cooperativas em decorrência da obrigatoriedade da convergência às Normas Internacionais de Contabilidade, instituída pela Lei n.º 11.638/2007 com as respectivas modificações introduzidas pela MP 449 de 03/12/2008 convertida em Lei nº 11.941/2009. O resultado do ato cooperativo (operações com associados) denomina-se sobras ou perdas e o resultado do ato não cooperativo (operações com não associados), denomina-se lucros ou prejuízos.

c) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - Estruturadas em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis às Sociedades Cooperativas em decorrência da obrigatoriedade da convergência às Normas Internacionais de Contabilidade, instituída pela Lei n.º 11.638/2007 com as respectivas modificações introduzidas pela MP 449 de 03/12/2008 convertida em Lei nº 11.941/2009.

NOTA 3 - ADOÇÃO INICIAL DA LEI Nº 11.638/2007 e 11.941/2009

A Cooperativa iniciou as adequações na elaboração do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Sobras ou Perdas a partir do exercício de 2009. As modificações introduzidas pela referida legislação caracterizam-se como mudança de prática contábil, conforme facultado pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/2007 e 11.941/2009, todos os ajustes foram reconhecidos no resultado do exercício e os seus efeitos tributários foram neutralizados na apuração do LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real, previsto pela Lei nº 11.941/2009.

Os saldos relativos às demonstrações contábeis do exercício de 2008 foram reclassificados para permitir a comparabilidade dos valores com o exercício de 2009, da adoção inicial das adequações das alterações societárias previstas pela Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 e Pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, para atender ao padrão na apresentação.

A Cooperativa fez a opção pelo RTT – Regime Tributário Transitório, previsto pela MP 449/2008 convertida em Lei nº 11.941/2009, que tem por objetivo manter a neutralidade fiscal em decorrências das alterações na legislação societária, sendo que a partir do exercício de 2010 o regime será obrigatório para todas as entidades sujeitas ao regime de apuração do lucro real.

NOTA 04 – RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis foram elaboradas como segue:

As principais práticas adotadas na elaboração das demonstrações contábeis foram:

a) Regime de Escrituração

Foi adotado o regime de competência para o registro das mutações patrimoniais. A aplicação desse regime implica no reconhecimento das receitas, custos e despesas quando ganhas ou incorridas, independentemente de seu efetivo recebimento ou pagamento.

b) Estimativas Contábeis

Foram aplicadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, no sentido de assegurar e resguardar os reflexos dos valores das operações e quanto aos registros das estimativas contábeis. As operações relevantes e sujeitas a estimativa e premissas inclui o valor residual do ativo imobilizado, provisão de contingências, provisão para devedores duvidosos e valorização de instrumentos financeiros. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados. A Cooperativa avalia os riscos quanto ao volume envolvidas destas premissas e estimativas mensalmente.

c) Instrumentos Financeiros

Instrumentos não derivativos que incluem as disponibilidades, contas a receber, aplicações financeiras, obrigações com fornecedores, contas a pagar, empréstimos e financiamentos e outras obrigações a pagar, foram reconhecidos pelo seu valor justo, levando em consideração as operações e transações vinculadas por contrato que também foram atualizados com base nos índices previstos e reconhecidos no resultado.

Os instrumentos de proteção contra riscos financeiros para operações comerciais através de derivativos (HEDGE), são contratados, para garantia da margem nas operações de compras e vendas, no que tange a comercialização futura de produtos industrializados, e de operações contratuais de direitos e obrigações com vencimento futuros e indexados na cotação da moeda estrangeira e das commodities de produtos agrícolas, sujeitas a variação cambial e a preços de mercado.

d) Moeda Estrangeira

A moeda funcional da Cooperativa é o Real. De acordo com a norma do CPC 02 – Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, todas as operações de exportações realizadas na moeda estrangeira, são convertidas na moeda funcional mediante a utilização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo BACEN – Banco Central do Brasil, nas datas de cada transação e/ou na data do fechamento das divisas.

Os ganhos e perdas com variação cambial na aplicação das taxas de câmbios sobre os ativos e passivos são reconhecidos como receitas e despesas financeiras.

e) Contas a Receber

Os valores a receber de cooperados e não cooperados são registrados pelo valor das notas fiscais de vendas, sendo os mesmos ajustados a valor presente quando indexados em índices ou em equivalência de produtos agrícolas. A provisão para devedores duvidosos foi constituída em montante considerado suficiente pela administração para fazer frente às eventuais perdas na realização dos créditos Especificamente para os créditos aplicados na atividade agrícola, levou-se em consideração os riscos por fatores climáticos que a atividade está sujeita.

f) Estoques

Os estoques foram avaliados da seguinte maneira:

- produtos agrícolas e produtos pecuários, avaliados pelo valor de compra praticado pela cooperativa em 31/12/2009;

- Os estoques de bens de fornecimento, insumos, matéria-prima para industrialização, materiais secundários e almoxarifados, avaliados pelo custo médio de aquisição;

- Os estoques dos produtos em elaboração e formação, avaliados ao custo dos insumos aplicados;

- Os estoques de produtos industrializados, avaliados pelo custo médio de produção exceto soja desativada avaliado em 70% do maior preço de venda praticado no período.

g) Despesas / Dispêndios Antecipados

As despesas e dispêndios antecipados estão registrados no ativo circulante e não circulante, sendo apropriados mensalmente no resultado, pelo regime de competência e em conformidade com as cláusulas dos contratos de seguros, serviços, entre outros.

h) Provisão para Férias

Foram calculadas e provisionadas as férias vencidas e proporcionais até 31 de dezembro de 2009 no valor de R$ 9.737.671,59 incluídos os encargos sociais decorrentes.

i) Investimentos

A cooperativa possui o controle com 99,97% da C.Vale – Comércio e Transportes Ltda. sendo que o investimento foi avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos que possui em outras sociedades foram avaliados pelo custo de aquisição, e não foi efetuada provisão para perdas por não existirem evidência para isso.

j) Imobilizado

Demonstrado pelo custo de aquisição ou construção, corrigido monetariamente até 31/12/1995, menos a correspondente depreciação acumulada. Os encargos de depreciação, amortização e exaustão foram calculados pelo método linear, mediante a aplicação de taxas que levam em conta o tempo de vida útil econômica dos bens. As taxas anuais utilizadas para o cálculo de depreciação, amortização ou exaustão encontra-se dentro dos parâmetros previstos pelo tempo de vida útil dos bens e dos valores exauridos.

As Leis nºs 11.638/07 e 11.941/2009 requerem que seja realizada avaliação da recuperabilidade de todos os itens integrantes deste subgrupo sempre que houver indício de perda, visto que nenhum item deve permanecer registrado no imobilizado por valor maior que o valor de realização, seja pela venda ou pelo uso (dos dois o maior). A empresa avaliou os itens do ativo imobilizado e não identificou perdas a serem registradas por valor realizável menor do que o valor contábil, sendo que a cooperativa também não procedeu nos exercícios anteriores a reavaliação dos bens do Ativo Imobilizado, e que ao longo do tempo foram depreciados pelas taxas permitidas pela legislação fiscal, com evidências claras que o Ativo Imobilizado tem seu valor inferior ao valor recuperável, motivo pelo qual não efetuou qualquer provisão para perda sobre os bens patrimoniais.

Os encargos de depreciação somam: R$ 26.818.396,74 sendo que foram contabilizados R$ 18.104.015,52 como custos/ingressos dos produtos produzidos e R$ 8.714.381,22 como despesas/dispêndios operacionais, e os encargos de exaustão somam R$ 39.931,42 sendo incorporados ao custo de estoque do almoxarifado – lenha.

k) Intangível

De acordo com a Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 foi introduzido o grupo de intangível e que atendem os requisitos específicos do Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível, sendo que foi reclassificado do grupo do imobilizado e/ou diferido para as contas específicas de ativo intangível. Os ativos intangíveis são bens incorpóreos, separáveis ou resultantes de direitos contratuais ou de outros direitos legais. A cooperativa possui registrado os direito de uso de software e marcas de sua propriedade ao custo de aquisição deduzidos dos valores amortizáveis.

Os encargos de amortização somam: R$ 250.406,42 sendo que foram contabilizados R$ 18.716,86 como custos/ingressos dos produtos produzidos e R$ 231.689,56 como despesas/dispêndios operacionais.

l) Produtos Agrícolas a Fixar e a Adquirir

Os produtos agrícolas a fixar e a adquirir foram contabilizados nos estoques e nas obrigações com associados, ambos avaliados pelo valor de compra praticado pela cooperativa em 31/12/2009, que reflete o valor justo.

m) Provisão para contingências

São reconhecidas nas demonstrações contábeis quando, baseado na opinião dos Assessores Jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com razoável segurança.

n) Reservas e fundos

O Fundo de Reserva Legal, o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, o Fundo de Desenvolvimento e as Reservas de Capital foram constituídos em conformidade com o Estatuto Social da cooperativa, Normas Brasileiras de Contabilidade, Pronunciamentos Contábeis e a legislação aplicável. A cooperativa possui subvenções e incentivos fiscais para investimentos concedidos pelos governos. Essas subvenções e incentivos fiscais estão diretamente ligados às atividades das unidades produtivas, sendo levados a conta de reservas em conformidade com legislação aplicável.

NOTA 5 - CONTAS A RECEBER DE ASSOCIADOS

A composição das Contas a Receber de Associados é a seguinte:

Contas 2009 2008
Circulante Não Circulante Total Total
Títulos a Receber 202.563.897,73 5.500.547,83 208.064.445,56 178.240.450,55
Empréstimos de Repasse 4.708.772,87 15.604.693,86 20.313.466,73 20.438.434,15
Total 207.272.670,60 21.105.241,69 228.377.912,29 198.678.884,70

NOTA 6 - CONTAS A RECEBER DE TERCEIROS

A composição das Contas a Receber de Terceiro é a seguinte:

Contas 2009 2008
Circulante Não Circulante Total Total
Títulos a Receber 189.753.342,81 14.420.376,85 204.173.719,66 227.936.823,52
Empréstimos a Res.no Exterior 10.101.882,13 0,00 10.101.882,13 20.274.151,75
Deved. por Empréstimo Merc. 1.887.521,31 0,00 1.887.521,31 12.017.958,44
Créditos em Liquidação 0,00 31.050.017,02 31.050.017,02 28.289.220,96
(-) Perdas no Recbto. Créditos 0,00 27.688.269,67 27.688.269,67 26.624.996,24
Total 201.742.746,25 17.782.124,20 219.524.870,45 261.893.158,43

NOTA 7 – VALORES A RECEBER DE ENTIDADES PÚBLICAS

A composição dos Valores a Receber de Entidades Públicas é a seguinte:

Impostos 2009 2008
Circulante Não Circulante Total Total
CSLL a Compensar 1.536.545,17 0,00 1.536.545,17 1.076.565,57
ICMS a Recuperar 51.669.852,17 4.911.416,25 56.581.268,42 41.003.969,54
INSS a Compensar 2.178,84 0,00 2.178,84 2.178,84
IPI a Recuperar 4.536,31 0,00 4.536,31 4.373,27
IRPJ Compensar 5.907.623,55 0,00 5.907.623,55 2.973.986,36
PIS/COFINS a Compensar 1.293.352,31 0,00 1.293.352,31 579.646,20
Total 60.414.088,35 4.911.416,25 65.325.504,60 45.640.719,78

NOTA 8 – DEVEDORES/CREDORES DIVERSOS

A composição de Devedores Diversos é a seguinte:

Contas 2009 2008
Depósito Produtos Agrícolas a Retirar 47.571.558,88 3.429.591,70
Produtos/Bens em Demonstração 247.209,88 1.327.011,12
Total 47.818.768,76 4.756.602,82

Os valores do grupo de Devedores Diversos foram registrados tendo como contrapartida rubrica correspondente do grupo Credores Diversos no Passivo Circulante. Foi registrado na rubrica Depósito Produtos Agrícolas a Retirar os produtos agrícolas (principalmente milho) depositados pelos associados/terceiros e que serão retirados quando da necessidade de utilização pelos mesmos.

NOTA 9 - ESTOQUES

A composição dos estoques é a seguinte:

Produtos/Bens 2009 2008
Soja Comercial 6.959.612,09 10.443.147,94
Milho Comercial 27.776.770,28 32.102.279,27
Trigo Comercial 22.911.683,43 12.814.473,92
Triguilho Comercial 0,00 149.349,10
Triticale Comercial 207.244,95 0,00
Semente a Classificar - Soja 5.336,07 10.419,31
Semente a Classificar - Trigo 1.648.091,44 1.594.933,95
Total Produtos Agrícolas 59.508.738,26 57.114.603,49
Suínos 1.519.399,72 1.164.065,84
Total Produtos Pecuários 1.519.399,72 1.164.065,84
Fertilizantes 10.107.292,63 23.670.607,60
Defensivos (Agroquímicos) 69.799.453,91 51.256.318,02
Corretivos 1.119.509,33 686.489,62
Semente de Soja 250.850,27 173.614,17
Semente de Trigo 23.532,49 155,00
Semente de Milho 8.313.469,80 943.152,61
Semente de Aveia 1.164,82 48.922,03
Máquinas e Implementos 10.814.809,21 9.698.457,04
Peças e Acessórios 10.627.097,96 9.173.124,79
Óleos e Lubrificantes 1.148.888,52 1.134.311,98
Produtos Veterinários 2.377.132,49 2.412.853,75
Supermercados 7.520.017,19 4.063.392,53
Bens Móveis e Imóveis – Dação de Pagamento 5.878.594,12 4.131.798,40
Medicamentos Fomento 434.627,47 240.336,74
Rações 1.077.873,71 436.590,61
Outros Bens de Fornecimento 12.302,92 6.887,05
Total Bens de Fornecimento 129.506.616,84 108.077.011,94
Almoxarifado 11.684.559,74 9.520.099,08
Matéria Prima para Industrialização 10.117.403,35 29.526.614,84
Rações 922.967,24 504.423,57
Soja Desativada 240.301,44 182.584,07
Fécula/Amido de Mandioca 10.290.519,76 14.409.324,03
Industrializados Aves 3.324.352,40 2.307.231,88
Aves/Cortes/Graxarias e Derivados 10.937.980,54 3.796.372,58
Ovos Incubáveis 6.562,93 6.005,65
Total Produtos Industrializados/Matéria Prima e Almoxarifado 47.524.647,40 60.252.655,70
Suínos em Formação 7.001.224,59 5.211.523,46
Matrizes Recria/Produção 5.367.311,82 4.904.169,54
Ovos em Incubação/Pintainhos 1.777.819,02 1.208.506,46
Aves em Formação 17.702.431,40 16.085.157,03
Culturas em Formação (Fazendas) 72.146,96 73.335,39
Total Produtos em Elaboração/Formação 31.920.933,79 27.482.691,88
Total Geral dos Estoques 269.980.336,01 254.091.028,85

NOTA 10 – DEPÓSITOS JUDICIAIS OU VALORES VINCULADOS

A composição Depósitos Judiciais ou Valores Vinculados é a seguinte:

Descrição 2009 2008
ICMS 110.000,00 110.000,00
INSS 936.768,18 755.285,21
INCRA 1.351.485,03 496.866,04
Trabalhistas 2.798.187,69 2.485.557,27
Cauções 1.070.200,88 526.476,52
IRPJ e CSLL 1.553.216,80 1.553.216,80
ANTT 54.946,49 0,00
CRMV 24.295,87 0,00
Aluguel 283.389,53 283.389,53
Outros 315.705,69 356.973,75
Total 8.498.196,16 6.567.765,12

NOTA 11 – INVESTIMENTOS

A composição dos investimentos é a seguinte:

Descrição 2009 2008
Frimesa Cooperativa Central 9.167.025,29 7.544.377,81
Cootriguaçú - Cooperativa Central 3.614.467,83 3.483.213,34
Cooperativa de Crédito Rural Vale do Piquiri 1.896.320,75 1.896.320,75
C.Vale – Comércio e Transportes Ltda. 4.595.357,47 5.414.296,95
Cooperativa Agropecuária Mista Nova Mutum Ltda. 33.012,00 33.012,00
Unisoja S/A 26.280,00 26.280,00
Cooperativa Central Agropecuária de Desenvolvimento Tecnológico Ltda. 223.051,00 223.051,00
Coonagro 82.000,00 0,00
Outras Participações 10.463,76 10.163,76
Total 19.647.978,10 18.630.715,61

A equivalência patrimonial foi efetuada somente na C.Vale – Comércio e Transportes Ltda, sendo que o valor apurado refletiu negativamente em R$ 818.939,48

NOTA 12 – IMOBILIZADO

A composição do imobilizado é a seguinte:

Bens 2009 2008
Custo de Aquisição (-) Depreciação Acumulada Valor Líquido Valor Líquido
Terrenos 27.100.855,37 0,00 27.100.855,37 19.414.906,32
Edificações e Dependências 215.079.091,19 71.139.061,59 143.940.029,60 25.217.758,13
Benfeitorias 8.625.488,40 1.821.810,36 6.803.678,04 3.994.505,67
Móveis e Utensílios 6.879.245,48 3.249.704,34 3.629.541,14 3.146.378,54
Veículos 18.026.949,80 10.886.414,27 7.140.535,53 7.204.013,25
Máquinas e Equipamentos 235.620.372,12 102.506.240,97 133.114.131,15 82.279.051,05
Equip. de Comunicação 1.120.413,82 537.581,98 582.831,84 487.424,98
Equipamentos de Informática 7.160.087,37 4.160.246,26 2.999.841,11 1.294.269,98
Aeronáuticos 1.010.252,81 888.373,41 121.879,40 128.339,56
Semoventes 1.779.968,66 297.773,56 1.482.195,10 1.522.032,69
Adiant. p/ Aquisição Imobil. 4.706.891,96 0,00 4.706.891,96 3.221.708,44
Obras em Andamento 12.742.176,70 0,00 12.742.176,70 32.913.244,12
Equipamentos em Montagem 5.491.699,95 0,00 5.491.699,95 24.517.822,89
Florest.e Reflorestamentos 2.621.583,07 1.856.663,80 764.919,27 652.041,61
Outros 0,00 0,00 0,00 156.765,99
Total 547.965.076,70 197.343.870,54 350.621.206,16 306.150.263,22

As depreciações e exaustões totalizaram: R$ 26.818.396,74 (R$ 25.814.634,68 em 2008).

NOTA 13 – INTANGÍVEL

A composição do intangível é a seguinte:

Descrição 2009 2008
Custo de Aquisição (-) Amortização Acumulada Valor Líquido Valor Líquido
Licença de Uso de Software 8.148.757,27 2.042.784,51 6.105.972,76 714.126,86
Marcas/Direitos e Patentes 11.974,19 11.974,19 0,00 0,00
Total 8.160.731,46 2.054.758,70 6.105.972,76 714.126,86

As amortizações totalizaram: R$ 250.406,42 (R$ 256.365,79 em 2008).

NOTA 14 – EXIGÍVEL COM ASSOCIADOS - PRODUTOS AGRÍCOLAS A FIXAR

A composição do Exigível com Associados – Produtos Agrícolas a Fixar é a seguinte:

Produtos 2009 2008
Quilos R$ R$
Soja Comercial 61.744.844 39.945.896,11 76.059.250,34
Milho Comercial 228.502.664 51.267.160,56 68.828.559,15
Trigo Comercial 55.244.745 19.328.562,83 11.224.756,18
Triguilho Comercial 1.906.963 338.957,64 204.497,00
Triticale Comercial 88.115 21.293,87 0,00
Mandioca 129.525 25.257,37 20.205,90
Semente a Classificar – Soja 2.034.347 1.361.276,15 2.205.349,70
Semente a Classificar – Trigo 2.726.780 1.320.304,83 1.373.030,28
Total 352.377.983 113.608.709,36 159.915.648,55

NOTA 15 – EXIGÍVEL COM ASSOCIADOS – OUTRAS OBRIGAÇÕES

A composição do Exigível com Associados – Outras Obrigações é a seguinte:

Descrição 2009 2008
Produção Fixada 1.119.827,06 980.373,60
Capital a Restituir 899.150,36 856.172,15
Antecipações para Aquisição de Bens de Fornecimento 16.818.479,86 11.564.933,75
Venda Tradição Futura 8.390.214,47 6.641.093,56
Retenção sobre Produção de Sementes 85.365,00 258.425,80
Crédito de Icms/Produtores Decreto 7213/90 6.091.229,22 3.472.446,45
Retenção para Amortização de Financiamento 266.469,89 407.618,97
Bonificação Produção de Sementes 760.208,07 748.540,36
Juros Sobre Capital Social 2.004.166,89 1.968.370,27
Outras Obrigações 1.554,34 1.591,56
Total 36.436.665,16 26.899.566,47

NOTA 16 – OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS (CIRCULANTE)

A composição das Obrigações com Terceiros é a seguinte:

Descrição 2009 2008
Fornecedores 87.333.095,19 57.985.487,17
Outras Obrigações 3.704.544,27 4.375.423,51
Total 91.037.639,46 62.360.910,68

NOTA 17 – OBRIGAÇÕES SOCIAIS

A composição das obrigações sociais é a seguinte:

Obrigações 2009 2008
INSS 2.617.698,07 2.160.048,83
INSS Produtos Agropecuários 557.700,55 515.415,15
PIS 118.460,60 93.432,98
FGTS 770.404,13 605.862,88
Contribuição Sindical 74.328,50 9.014,45
Total 4.138.591,85 3.383.774,29

NOTA 18 – OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

A composição das obrigações tributárias é a seguinte:

Obrigações 2009 2008
Imposto de Renda Retido na Fonte 571.572,14 514.916,79
ICMS 1.244.753,09 899.827,18
Pis/Cofins/CSLL Retido na Fonte 82.021,77 33.957,99
ISSQN 69.641,16 35.190,03
Outras Obrigações Tributárias 31.411,34 31.237,98
Total 1.999.399,50 1.515.129,97

NOTA 19 – EXIGÍVEL COM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

A composição das obrigações com instituições financeiras é a seguinte:

Contas 2009 2008
Circulante Não Circulante Total Total
Adiant. Contrato Câmbio ACC 77.114.650,85 0,00 77.114.650,85 67.039.042,43
Pré Pagamento 20.375.286,51 2.112.398,92 22.487.685,43 49.045.963,36
Repasse a Cooperados 12.437.772,61 6.772.147,75 19.209.920,36 19.221.863,28
Along. de Dívidas Lei 9138 335.379,41 5.030.691,08 5.366.070,49 5.624.614,01
Fornecimento a Cooperados 158.677.161,92 0,00 158.677.161,92 212.427.414,84
Estocagem 0,00 21.124.015,71 21.124.015,71 23.514.891,79
EGF/SOV 18.456.338,02 0,00 18.456.338,02 20.186.285,32
Ativo Fixo 14.881.218,38 116.688.310,77 131.569.529,15 110.033.971,99
Cotas Partes Sudcoop. 596.829,42 4.739.034,57 5.335.863,99 3.969.177,22
Capital de Giro 38.766.719,03 22.703.841,98 61.470.561,01 0,00
Exportação 30.780.425,83 0,00 30.780.425,83 40.968.734,45
Crédito Moeda Estrangeira 0,00 0,00 0,00 15.330.489,83
Total de Financiamentos 372.421.781,98 179.170.440,78 551.592.222,76 567.362.448,52
Banco Conta Movimento 22.363.657,71 0,00 22.363.657,71 3.549.762,07
(-)Equalização Enc. Fin. Hedge 965.318,00 0,00 965.318,00 0,00
Atualização Variação Cambial 0,00 0,00 0,00 11.441.613,86
Total de Outras Obrigações 21.398.339,71 0,00 21.398.339,71 14.991.375,93
Total Geral 393.820.121,69 179.170.440,78 572.990.562,47 582.353.824,45

Os financiamentos foram contratados à taxas praticadas para o respectivo setor, tendo como garantias: penhor mercantil de bens de fornecimento, penhor de bens adquiridos, hipotecas de imóveis, aval dos diretores e notas promissórias rurais emitidas pelos associados. Os financiamentos a Longo Prazo (Não Circulante) possui o maior vencimento em 31/10/2025 e os encargos financeiros foram apropriados até 31/12/2009.

NOTA 20 – OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS (NÃO CIRCULANTE)

A composição das obrigações com terceiros é a seguinte:

Obrigações 2009 2008
Admto p/Amortizacao Quotas-Partes (Frimesa) 2.493.080,73 2.370.463,28
Assuncao de Dividas-Compra e Venda 164.582,76 329.165,28
Ação Consignatória Aluguel 553.000,00 0,00
Depósito Judicial Aluguel 283.389,53 283.389,53
Depósito Judicial Incra 1.508.644,81 563.595,63
Depósito Judicial INSS 942.124,65 755.285,21
Depósito Judicial ANTT 54.946,49 0,00
Depósito Judicial CRMV 24.295,87 0,00
Depósitos Judiciais - Trabalhistas 2.798.187,69 0,00
Outros Depósitos Judiciais 2.192,94 0,00
Total 8.824.445,47 4.301.898,93

NOTA 21 – CAPITAL SOCIAL

A composição do capital social é a seguinte:

Descrição 2009 2008
Valor Integralizado 47.316.370,97 42.349.755,96
Valor da Quota Parte 1,00 1,00
Número de Quotas-Partes 47.316.370 42.349.755
Número de Associados 10.174 8.192

Neste exercício foram atribuídos juros sobre o capital social integralizado no montante de R$ 2.004.166,89 equivalente a 4,5% ao ano sobre os valores integralizados, sendo que o referido valor encontra-se lançado no Passivo Circulante.

NOTA 22 – COBERTURA DE SEGUROS

Seguro Empresarial: Cobertura contra os riscos de incêndio, queda de raio, equipamentos estacionários, impacto de veículos, queda de aeronaves e danos elétricos, (benfeitorias, máquinas, instalações e estoques), e o valor do risco segurado representa R$ 816.781.655,32

Seguro Auto: Cobertura contra os riscos de incêndio, colisão e roubo, assegurado pelo valor de mercado.

Seguro Transporte: Cobertura contra os riscos do transporte rodoviário, assegurado pelo valor de mercado da mercadoria/produto transportado.

NOTA 23 – EVENTOS SUBSEQUENTES

Em 31/12/2009 até a data de realização da auditoria (13/01/2010), não ocorreram quaisquer eventos que pudessem alterar de forma significativa a situação patrimonial, econômica e financeira nas demonstrações contábeis apresentadas.

Alfredo Lang
198.835.280-00
Diretor Presidente
Darcy Ioris
006.439.049-72
Diretor Secretário
Nelson Beltrame
718.192.319-68
Contador CRC/PR 37823/O-7
C.Vale

C.Vale – Cooperativa Agroindustrial
Av. Independência, 2347 | Palotina – PR
CEP: 85950-000 | Tel: 55 (44) 3649-8181

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